Assinala-se esta quarta-feira [17.04.2024], o Dia Mundial da Hemofilia, efeméride instituída em homenagem a Frank Schnabel, hemofílico e fundador da Federação Mundial de Hemofilia, que nasceu precisamente nesta data.
A data pretende chamar a atenção e ampliar a discussão sobre as questões relacionadas com a doença e ressaltar a importância de se investir constantemente na melhoria do tratamento dessas pessoas.
O objectivo é que todos estejam envolvidos no aumento da consciencialização sobre os distúrbios hemorrágicos herdados e a necessidade de tornar possível o acesso a cuidados adequados em todo parte do mundo.
A hemofilia é uma doença genético-hereditária, que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no sexo masculino e a mutação que causa a hemofilia localiza-se no cromossoma X.
No geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares, que numa primeira fase, desgastam as cartilagens e de seguida, provocam lesões ósseas.
Para além de repetidos sangramentos de forma espontânea, a doença apresenta como princiapis sintomas, dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento deixando as articulações dos joelhos, tornezelos e cotovelos, mais comprometidas.
A doença pode ser classificada, segundo a quantidade do factor deficitário, em três categorias: grave, moderada e leve. No entanto, em alguns casos, às vezes, a enfermidade passa despercebida até à idade adulta, sendo que as mulheres não desenvolvem a doença, apesar de serem portadoras do defeito.
Uma das recomendações é dirigida aos pais, que devem procurar assistência médica no caso dos seus dependentes apresentarem sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as sequelas deixadas pelos sangramentos.
Em Angola, a Associação dos Hemofílicos tem registado um número elevado de pacientes nesta condição, de acordo com dados dos serviços hospitalares, estimando-se que existam, no país, cerca de três mil doentes hemofílicos, sendo a província de Luanda a que tem maior número de pacientes, seguida do Huambo, Bié e Cuanza-Sul.