Assinala-se esta segunda-feira [24.06.2024], o Dia Internacional das Mulheres na Diplomacia adoptado por via da Resolução 76/269, e instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua 76.ª Sessão.
O objectivo é reconhecer e celebrar as contribuições das mulheres na diplomacia, bem como promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres nesse campo.
Desde então, os Estados-membros, as Organizações das Nações Unidas, os grupos não governamentais, as instituições académicas e as associações diplomáticas femininas realizam actividades que promovem a educação pública e a consciencialização da importância do papel das mulheres na diplomacia, exercido muitas vezes de forma discreta ou até secundarizada.
A comemoração é uma oportunidade de renovar os esforços para promover a equidade de género nas decisões diplomáticas. As mulheres são, na liderança, capazes de encontrar soluções e contribuir para o bem-estar. Em sua mensagem, Korosi, ex-Secretário-Geral destaca as mulheres pioneiras na assinatura da Carta da ONU, como a indiana Hansa Mehta e a dominicana Minerva Bernardino.
Um dado histórico permite observar que dos 78 presidentes da Assembleia Geral, apenas quatro foram mulheres. Além disso, actualmente, apenas uma em cada quatro embaixadores na ONU são mulheres.
Em 2021, apenas 18 mulheres representaram seus países no Debate Geral, contra 173 homens. Este dia procura apelar à reflexão sobre o desequilíbrio no acesso à carreira diplomática e a sub-representação feminina, em especial, nas posições diplomáticas de topo.
O Dia Internacional das Mulheres na Diplomacia está igualmente enquadrado pelos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, que têm por lema «Não deixar ninguém para trás», consagrando o ODS 5 «Alcançar a igualdade género e empoderar todas as mulheres e raparigas».