Assinala-se esta quinta-feira [10.10.2024], o Dia Mundial da Saúde Mental celebrado pela primeira vez em Outubro de 1992 pela Federação Mundial para Saúde Mental, numa iniciativa de Richard Hunter, Secretário-Geral Adjunto.
O Dia Mundial da Saúde Mental é apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio da conscientização sobre questões de saúde mental, usando seus fortes relacionamentos com os ministérios da saúde e organizações da sociedade civil em todo o mundo.
Numa Conferência sobre Saúde Mental Infanto-Juvenil, realizada em Luanda, o Secretário de Estado angolan para a Saúde Pública, defendeu a realização de acções para promover e proteger a saúde mental. Este ano, sob o lema «Saúde mental no trabalho», pretende-se destacar o papel essencial da saúde mental. Com 60% da população mundial a trabalhar, é necessário tomar medidas urgentes para garantir que o trabalho previna os riscos para a saúde mental e proteja e apoie a saúde mental no trabalho.
Ambientes de trabalho seguros e saudáveis podem funcionar como um factor de protecção para a saúde mental, no combate às doenças do foro mental, bem como desmistificar algumas das crenças associadas às mesmas. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a maior revisão sobre a saúde mental mundial. De acordo com o levantamento, quase Mil milhões de pessoas viviam com transtorno mental em 2019, sendo 14% adolescentes.
Outros dados ainda mostram que o suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% ocorreram antes dos 50 anos. A OMS destaca que em 20 países, a tentativa de suicídio ainda é criminalizada. Além disso, abuso sexual infantil e vitimização por bullying foram apontadas como as principais causas da depressão.
O relatório também aponta que pessoas com condições severas de saúde mental morrem em média de 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. Os dados apontam que 71% dos pacientes com psicose no mundo não recebiam tratamento.
De acordo com o Escritório Regional da OMS para África, a Região Africana tem uma média de 1,6 profissionais de saúde mental por 100 000 habitantes, em comparação com 13 profissionais de saúde mental por 100 000 habitantes a nível mundial. Em Angola, dados do Serviço de Investigação Criminal (SIC) indicam que o registo de 2015 suicídio em três anos.