Assinala-se esta sexta-feira [15.11.2024], o Dia Internacional para a Prevenção e Luta contra Todas as Formas de Crime Organizado Transnacional, visando
impulsionar as acções dos governos, do sector privado e da sociedade civil.
Dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), revelam que o cultivo de coca, na Colômbia, atingiu 253 mil hectares em 2023 e uma produção estimada em 2.664 toneladas em 2022.
Contudo, a questão não se limita ao tráfico de drogas. A mineração ilegal, o desmatamento e o tráfico de vida selvagem, especialmente nas Ilhas Galápagos, no Equador, também estão a aumentar.
Para combater o flagelo, o UNODC apoia os programas de desenvolvimento alternativo sustentável para agricultores que dependem do cultivo de coca, tais como programas que promovam o cultivo legai do café, cacau, baunilhae sacha inchi, uma planta amazónica rica em nutrientes.
O objectivo é fazer com que esses projectos ofereçam formas alternativas para que as pessoas sejam direccionadas para “economias lícitas e a um futuro mais seguro”.
O UNODC destaca também a preocupação com o aumento de novas drogas sintéticas, especialmente, na América do Norte, que enfrenta uma crise ligada ao fentanil, assim como algumas áreas da Ásia e África, apesar de a produção de cocaína continuar a ser o principal problema.
Em África, os crimes contra a vida selvagem tornaram-se uma preocupação crescente, pois a prática está interligada com as actividades de grandes e poderosos grupos do crime organizado que operam em alguns dos ecossistemas mais frágeis e diversos do mundo, desde a Amazónia até ao Triângulo Dourado.
Para a Directora Executiva do UNODC, Ghada Waly, é possível unir os governos do norte e do sul, bancos e empresas, sociedade civil e comunidades, o que permitirá uma reacção conjunta contra o crime organizado.