Assinala-se esta terça-feira [24.01.2023], o Dia Internacional da Educação, instituído com o propósito de reconhecer o seu papel na consolidação da paz, do desenvolvimento, no alcance da igualdade de género e na inversão do ciclo de pobreza que deixa milhões de crianças, jovens e adultos para trás.
Proclamado através da Resolução 73/25, adoptada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 3 de Dezembro de 2018, a efeméride foi assinalada pela primeira vez um ano depois, como demonstração da vontade política de apoiar acções transformadoras no domínio da educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos, bem como de remover barreiras à educação e reduzir o abandono escolar.
Neste sentido, a UNESCO apela aos governos e parceiros a terem como prioridade a educação universal de qualidade, como forma de contrariar a tendência actual que aponta para a existência de 262 milhões de crianças fora do sistema de ensino e outras 617 milhões, embora tenham acesso à escola, debatem-se com evidentes dificuldades na interpretação de textos e cálculos matemáticos básicos.
Numa altura em que se reconhece, cada vez mais, a educação como um direito humano, um bem público e uma responsabilidade pública, a directora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, chegou a considerar o 24 de Janeiro uma “ocasião para reafirmar a educação como a “força mais poderosa para a melhoria significativa da saúde, do crescimento económico e da elevação do potencial da inovação” diante da necessidade de construir sociedades mais resilientes e sustentáveis.
Em Angola, existem ainda centenas de crianças em idade escolar fora do sistema de ensino e outras centenas sem acesso à Educação da 1ª Infância, um quadro que o Executivo pretende reverter gradualmente com a implementação da Política Nacional da Primeira Infância e de estratégias que permitam às crianças o acesso à educação elementar de qualidade, gratuita e obrigatória.