O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) pretende investir em mais projectos agrícolas e de pescas em território angolano, garantiu o vice-presidente daquela instituição, Donal Brown, no termo de uma audiência que lhe foi concedida pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, nesta quinta-feira [30.03.2023].
Os projectos de agricultura e pescas desenvolvidos em Angola são até agora os mais exitosos em comparação com os desenvolvidos noutras regiões do continente, sublinhou o vice-presidente do FIDA após a audiência que passou em revista aspectos ligados à cooperação entre o Estado angolano e o Fundo sediado em Roma.
Segundo o gestor, que considerou forte a cooperação com Angola, cerca de 257 milhões de dólares foram empregues em oito (8) projectos financiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) em Angola, nos últimos anos, atingindo mais de 486 mil famílias rurais.
“Queremos avançar para uma nova fase do Projecto de Agricultura. Para tal, vamos trabalhar com o Executivo para novos financiamentos, sendo intenção dos gestares do Fundo tornar Angola no campeão do FIDA, no âmbito dos sistemas alimentares em todo mundo”, sublinhou.
Donal Brown convidou Angola a participar, como co-anfitriã, na Conferência Internacional sobre os sistemas alimentares em Dezembro do ano em curso, na capital francesa, Paris.
Segundo o gestor, Angola conta com um escritório do FIDA como forma de dinamizar as iniciativas da instituição no continente africano.
Criado em 1977 para dar resposta à seca e episódios de fome que têm vindo a afectar a África e a Ásia ao longo do tempo, o FIDA trabalha em regiões mais remotas de países em desenvolvimento e em situação de fragilidade, onde poucas instituições financeiras internacionais actuam.
O fundo, que promove o aumento dos investimentos públicos e privados na agricultura e no desenvolvimento de infraestruturas rurais, visando o combate à pobreza, à fome e aumento da resiliência junto da mulher rural, é o segundo maior investidor multilateral em segurança alimentar e nutricional do mundo, dedicando-se ao financiamento e mobilização de cofinanciamento dos Estados-Membros e de países em desenvolvimento. Fruto deste trabalho, a instituição conseguiu contribuir, até hoje, com 19,7 mil milhões de dólares em empréstimos e doações, e mobilizou recursos adicionais de 27,1 mil milhões de dólares em cofinanciamento e fontes domésticas.
