Esta terça-feira [17.10.2023] marca o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, efeméride assinalada pela primeira vez em 1992, com o objectivo de alertar a população para a necessidade de defender um direito básico do ser humano, contando, em muitos casos, com a intervenção do terceiro sector.
Joseph Wresinski, o fundador do Movimento Internacional “ATD Quarto Mundo”, a 17 de Outubro de 1987, convocou uma reunião com mais de cem mil pessoas, em homenagem às vítimas da fome e da pobreza em Paris, exactamente, no local onde tinha sido assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A erradicação da pobreza e da fome é um dos oito objectivos de desenvolvimento do milénio, definidos no ano de 2000 por 193 países membros das Nações Unidas e por várias organizações internacionais.
O 17 de Outubro pretende dar voz aos pobres que se unem em esforços visando erradicar a pobreza nas suas múltiplas formas.
Face a necessidade de acelerar o processo de combate à pobreza, o Executivo tem gizado estratégias para mitigar o problema, tendo como “programa bandeira” o Kwenda, que consiste em transferências para as famílias pobres.
O Kwenda é uma componente essencial da estratégia do Governo para mitigar o impacto social da eliminação do subsídio aos combustíveis e para combater a pobreza extrema a longo prazo”. Por isso, o Governo vai disponibilizar cerca de 75 mil milhões kwanzas por ano em financiamento até 2025 (equivalente a cerca de 126 milhões USD).
Além deste programa, é também objectivo do Executivo combater a pobreza multidimensional por via do Plano de Acção do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP 2023) e os Projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios PIIM.
O combate à pobreza é uma das metas do Executivo angolano no quadro da sua agenda para 2050, com a qual se pretende, segundo o Presidente da República, um consenso alargado e transversal capaz de resistir ao teste do tempo e corresponder às justas expectativas dos angolanos.