Assinala-se esta sexta-feira [27.01.2023] o “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”, instituído há 16 anos para honrar a memória de milhões de judeus que desapareceram no Holocausto e as muitas vítimas de uma crueldade e horror calculados e sem precedentes.
A efeméride ocorre numa altura em que aumentam os gestos de intolerância no mundo, ao mesmo tempo que reduzem os de solidariedade, e a aplicação de valores universais como a igualdade, a equidade e a justiça, só para citar alguns.
A origem do Holocausto está no pensamento racista nazista segundo o qual a raça ariana “é superior e não pode misturar-se com outras raças”, e minorias como os judeus, negros e homossexuais são “inimigos que devem ser eliminados”, para garantir e manter a superioridade da raça ariana.
As atrocidades cometidas em nome do nazismo, com destaque para a tentativa de extermínio de judeus e grupos de minorias, propiciaram uma consciência construtora de paz entre as nações, e a rejeição de qualquer negação do Holocausto como acontecimento histórico.
Em 2005, a Assembleia Geral da ONU adoptou por consenso a resolução 60/7 de 1 de Novembro, que condena “sem reservas” todas as manifestações de intolerância religiosa, incitação, assédio ou violência contra pessoas e comunidades com base na origem étnica ou crença religiosa, onde quer que ocorram.
Instituiu-se assim o 27 de Janeiro como o Dia Internacional do Holocausto, data que coincide com o aniversário da libertação, pelo Exército Soviético, do campo de concentração Auschwitz-Birkenau, Polónia, em 1945.