Assinala-se esta quinta-feira [13.06.2024] o Dia Mundial da Consciencialização do Albinismo, celebrado este ano sob o lema “Década de progresso colectivo”, com a ONU a juntar-se a eventos globais, como forma de destacar avanços na inclusão e bem-estar de pessoas com albinismo.
A efeméride, instituída em 2015 pela ONU com o objectivo de encorajar o combate à discriminação e perseguição, propõe-se aprofundar a compreensão do albinismo enquanto anomalia pigmentar causada por factores genéticos, e chamar a atenção para que sejam eliminadas todas as formas de violência e preconceito enfrentadas por pessoas com albinismo em todo o mundo, sem esquecer do apoio à causa – desde as suas realizações e práticas positivas, até a promoção e a protecção dos direitos das pessoas com albinismo.
De resto, a Convenção Contra Todas as Formas de Discriminação e o Pacto Internacional dos Direitos Civis, Políticos, Económicos e Sociais também são utilizados a favor de políticas de protecção para pessoas com albinismo, cujos direitos encontram-se protegidos no Plano de Acção Regional sobre Albinismo em África adoptado pela Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e pelo Parlamento Pan-Africano.
Apesar da pessoa com albinismo viver relativamente melhor em Angola, se comparado com outros países africanos, são visíveis fenómenos como discriminação, que chega a causar depressão, taxa elevada de analfabetismo, que por sua vez reduz as oportunidades de emprego, e casos de violência doméstica e fuga à paternidade.
Mais valorização das pessoas com albinismo, assim como garantir cuidados especiais nos serviços de saúde, como dermatologia, oftalmologia e oncologia, são alguns dos desafios a enfrentar na luta para e pela consciencialização do albinismo.