A humanidade assinala o Dia Mundial da Paz a 1 de Janeiro, na mesma altura em que se celebra o Ano-Novo. Inicialmente chamado de Dia da Paz, a efeméride foi instituída pelo Papa Paulo VI, em Dezembro de 1967, ano em que fervilhava uma violência sem precedentes, marcada pela Guerra no Vietname a par de outras guerras que causavam a morte de milhares de pessoas e produziam milhares de refugiados.
Todos os anos, no primeiro dia do ano, o mundo celebra o Dia Mundial da Paz, não obstante ter sido iniciativa da Igreja Católica. A data privilegia uma celebração universal de paz, estando aberta a homens e mulheres de todas as religiões, trazendo a discussão sobre se a paz se resume somente no calar das armas ou vai para lá disso.
Na verdade, a Paz vai para lá do silêncio das armas. Hoje, a paz sugere o fortalecimento da solidariedade, erradicação da pobreza, políticas de desenvolvimento da educação na infância e adolescência, educação e direitos humanos, entre outras questões. Daí a efeméride representar uma ocasião propícia para promover uma reflexão sobre a construção de um mundo mais resiliente, equitativo, inclusivo, sustentável e saudável.
Em Angola, país que vai consolidando a sua cultura de paz, vive uma paz efectiva desde 04 de Abril de 2002, data que ficou instituída como o dia da Paz e da Reconciliação Nacional, na sequência da assinatura dos acordos de Luena (Moxico).
O Estado angolano, ciente da importância da Paz para a estabilidade, desenvolvimento e bem-estar dos povos ao redor do mundo, de África e especificamente da Região dos Grandes Lagos tem se desdobrado em esforços diplomáticos para a paz. Recentemente, e na qualidade de Presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, defendeu, em Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC), a união entre os Estados da região, como caminho para a defesa da paz, segurança, estabilidade política e social dos países que a integram.
Fruto deste esforço, o Presidente da República, João Lourenço, foi designado “Campeão para a Reconciliação e Paz em África”, devido ao seu engajamento para a pacificação no continente, sobretudo no âmbito da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRG) e outras zonas.
“Na qualidade de Chefes de Estado da sub-região dos Grandes Lagos e responsáveis de Mecanismos e Organizações signatárias do Acordo Quadro, temos a responsabilidade de trabalhar, conjuntamente, para defender a paz, a segurança e a estabilidade política e social dos países que integram a Região dos Grandes Lagos, devendo assumir-nos como os principais actores na busca de soluções construtivas para a resolução dos conflitos existentes, através da implementação efectiva dos compromissos nacionais e regionais, assumidos no âmbito do Acordo Quadro”, salientou o Presidente da República, na sessão de abertura da 10ª cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos países signatários do Acordo-Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação (PSC) na RDC e na Região.