Assinala-se este sábado [04.02.2023] o Dia Mundial de Combate ao Cancro. Instituído em 2000, por meio da Carta de Paris contra o Cancro, a efeméride tem o propósito de elevar o nível de consciencialização e educação sobre a doença e influenciar os governos de todo o mundo para a mobilização da luta contra o cancro.
O Dia Mundial de Combate ao Cancro resulta também de uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controlo do Cancro (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), com vista a contrapor a tendência de crescimento da doença, um problema de saúde pública mundial, com graves repercussões sociais e económicas.
De acordo com dados oficiais, o câncer mata a nível mundial mais que o VIH SIDA, a Malária e a Tuberculose juntos. Os tipos de cancro mais comuns são da mama e do colo do útero, entre a população feminina. Quanto à população masculina, sobressaem-se o cancro da próstata, do pulmão e do intestino.
Em Angola, até Outubro de 2022, foram registados um total de 1076 casos de câncer, dentre os quais 99 crianças.
No ano passado, na véspera do natal, a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, dedicou especial atenção às crianças vítimas de câncer, e respectivos pais, durante uma visita às instalações do Instituto Angolano do Controlo do Câncer (IACC) em que fez questão de interagir com o pessoal médico e crianças, pacientes que se encontram em regime de internamento. A Vice-Presidente da República procedeu à reabertura do Bloco Operatório e de salas para sessões de quimioterapia e de internamento para adultos e crianças.
Esperança da Costa anunciou, para os próximos anos, a construção de um novo Hospital Oncológico que será erguido nas imediações do Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, tendo destacado igualmente a construção de um novo edifício no perímetro do IACC, que, quando concluído, vai abarcar todos os serviços, incluindo o laboratório para facilitar e aumentar a capacidade de diagnóstico da população.
O IACC conta com 80 especialistas em oncologia formados (33 médicos e 47 profissionais não médicos). Entretanto, mais de 30 profissionais encontram-se em formação, no âmbito dos acordos firmados com instituições congéneres do Brasil, Portugal, e Espanha.