Dia Mundial do Turismo

Celebra-se, hoje, sexta-feira [27.09.2024] em todo o planeta Terra, o Dia Mundial do Turismo, data instituída pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em 1980, em celebração do aniversário de uma década do Estatuto da Organização Mundial do Turismo.

Com o tema “Turismo e Paz”, a ONU Turismo, escolheu a Geórgia como anfitriã para a comemoração oficial do Dia Mundial do Turismo deste ano, colocando em evidência o papel das viagens e do turismo em prol da harmonia global. Em 2024, a data coincide com a Cimeira do Futuro, convocada pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, com o fito de concretizar a assinatura do Pacto para o Futuro, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, documento que resulta de complexas negociações intergovernamentais, e que visa mitigar as crises mundiais.

O turismo, pela sua natureza e transversalidade, tem a capacidade de promover a paz global, quer por via do turismo responsável, quer por via do turismo sustentável ou, até, regenerativo, esta actividade económica promove a cooperação internacional e a compreensão intercultural.

Em Angola, o turismo tem sido alvo de grande atenção do Executivo, merecendo, inclusive, o assinalável empenho do Chefe de Estado.

De acordo com o Jornal de Angola, a condição geográfica do nosso país, o clima, a extensão marítima de mais de 1500 quilómetros, o historial que encerra a vida política, económica, social, cultural, em vários anos, entre outros atributos tangíveis e intangíveis, coloca o espaço de 1.246.700 quilómetros quadrados, que nos pertence como Estado e sociedade, numa posição privilegiada para atingir os objectivos do tema escolhido: “Turismo e Paz”.

É verdade que temos ainda um longo percurso a fazer, atendendo à realidade pós-conflito que envolve a nossa sociedade, mas num dia como hoje, como era de esperar, precisamos de fazer as reflexões que se impõem. Desde a necessidade de repensarmos o nosso Turismo, as infra-estruturas, a formação de pessoal especializado para a área, entre outros passos, devemos persistir na ideia segundo a qual as condições se devem ir criando.

Hoje, não podemos negar a relevância económica, social e cultural da actividade turística, mesmo a contar com a componente interna, aquela realizada pelos próprios angolanos dentro de um espaço territorial que, para os devidos efeitos turísticos, precisa ainda de ser devidamente explorado.

Muito se fala sobre as condições que, alegadamente, ainda não temos para fazer turismo e fazer do sector um gigante desperto, mas importa, igualmente, questionar se, em vez de nos atermos ao que não temos, não seria recomendável nos cingirmos, fundamentalmente, às condições de que dispomos? Precisamos de valorizar o que temos e ir fomentando o Turismo como verdadeira ferramenta para gerar postos de trabalho, atrair turistas que abram portas aos investimentos, para a contribuição efectiva no Produto Interno Bruto de Angola e bem-estar da população.

Segundo Organização Mundial do Turismo, OMT, entre janeiro e setembro foram registados 975 milhões de turistas, 38% a mais que em 2022. A recuperação reflecte-se em todo o mundo, com receitas estimadas em 1,4 trilhão de dólares, sendo que o Médio Oriente lidera a retoma, enquanto Europa e África seguem com avanços notáveis.

A Europa, maior região de destino do mundo, recebeu 550 milhões de turistas internacionais no período, 56% do total global, representando 94% dos níveis pré-pandémicos. O aumento foi apoiado pela forte demanda regional, bem como pela sólida procura dos Estados Unidos.

A África recuperou 92% dos visitantes pré-pandémicos no período de nove meses, e as chegadas nas Américas atingiram 88% dos números de 2019 neste período. A região se beneficiou da forte procura dos EUA, especialmente para destinos no Caribe. A Ásia e o Pacífico atingiram 62% dos níveis pré-pandémicos neste período devido à reabertura mais lenta para viagens internacionais. No entanto, o desempenho entre sub-regiões é variado, com o Sul da Ásia a recuperar 95% dos níveis pré-pandémicos, mas o Nordeste Asiático apenas cerca de 50%.

Diante desse panorama, a OMT acredita que o turismo internacional está bem encaminhado para recuperar totalmente os níveis pré-pandêmicos em 2024, apesar dos desafios económicos como alta inflação e menor produção global, além de importantes tensões geopolíticas e conflitos.

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