Declaração de Mindelo exprime compromisso para aumento do investimento em investigação e diversificação das fontes e origens de meios

VPR participou na abertura do evento juntamente com o Presidente de Cabo Verde, comungando o ideal de tornar a lusofonia num espaço da Ciência e Inovação_

Terminou esta sexta-feira [20.10.2023] na Ilha de São Vicente-Mindelo, Cabo Verde, o Primeiro Congresso Internacional sobre Ciência, Inovação e Desenvolvimento na Lusofonia, numa iniciativa da Universidade Lusófona de Cabo Verde, a congênere de Portugal e a Cooperativa de Formação e Animação Cultural (COFAC).

Procedeu à cerimónia de abertura, o Presidente de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves e a Vice-Presidente da República, Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa, ambos membros da Comissão de Honra do Primeiro Congresso sobre Ciência.

Nesta sexta-feira, a sessão de encerramento coube ao Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva. Na ocasião, falou do sentido da realização do evento e da importância que representa a ciência, a inovação e a investigação científica para o desenvolvimento da Lusofonia. Para tal, corrobora com a ideia de criação de uma versão de Erasmus CPLP, programa de intercâmbio académico, que o Primeiro-ministro português, António Costa, chamou “Fratria”, durante a 14a Conferência da CPLP que decorreu em São Tomé e Príncipe sob o lema “Juventude e Sustentabilidade”. O Erasmus permitiria a frequência de um semestre noutro país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Declaração de Mindelo

De acordo com a Declaração de Mindelo, saída do I Congresso sobre Ciência, Inovação e Desenvolvimento, o mundo lusófono não ficou fora desta linha que se tornou referência, alterando-se as expectativas da sociedade face ao mundo do conhecimento, agora visto como base da inovação, que dela pode resultar, a capacidade de acelerar o enriquecimento e as alterações que o ritmo normal das economias e das sociedades não permitiu.

 

Hoje, lê-se no documento, há uma profunda responsabilidade social que as universidades cumprem na exacta medida em que se empenham na ligação à sociedade, especialmente aos organismos públicos e às empresas, funcionando como plataformas giratórias e centros de transmissão de conhecimento.

Lusofonia quer aumento
do investimento na investigação

No Acto Declarativo, as Universidades, os Professores, os Investigadores, os Centros de Investigação, e as Instituições da Sociedade Civil, reunidas aquando do “1° Congresso Internacional: Ciência, Inovação e Desenvolvimento na Lusofonia”, organizado pelo Ensino Lusófona, através da Universidade Lusófona de Cabo Verde, afirmam, declaram e comprometem-se a aumentar o investimento em investigação, diversificando as fontes e as origens de meios, sempre numa plena liberdade académica, afirmando cada vez mais a lusofonia como um espaço que valoriza a Ciência e Inovação, criar infraestruturas de suporte, apoio e avaliação da produção científica, fomentando o desenvolvimento de políticas sólidas e estáveis de investigação, bem como criar e apoiar a participação dos investigadores em redes de trabalho internacional, tendo como ponto de partida a Lusofonia que, assim, se afirme crescentemente como porta de uma internacionalização que seja de partilha de conhecimento.

Responsabilidade social do conhecimento

As universidades e professores da Lusofonia defenderam, igualmente, a necessidade de equacionar, numa constante relação com o meio circundante, mais próximo ou mais distante, o papel e a responsabilidade social do conhecimento, criando uma relação constante entre académicos e cientistas, a população e a cidadania e comprometem-se a alcançar a meta de uma dinâmica de investigação que tenha os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2063, contribuindo para uma sociedade mais humana, mais justa e fraterna, onde a ciência, alicerçada no humanismo e na ecologia, seja parte fundante numa forma de conceber um desenvolvimento sustentável.

Compromisso com a transição digital

As universidades, investigadores e professores da lusofonia assumem o compromisso com a Transição Digital e a democratização das tecnologias e das possibilidades que ela permite, comunicar a investigação científica, potenciando a criação de uma cultura popular que valorize a universidade e a pesquisa, bem como promover a formação especializada numa forte ligação ao mundo empresarial e às instituições públicas, criando fontes de recursos humanos altamente especializados.

Comprometem-se ainda a manter, em todos os níveis e formas de ensino, uma cultura de responsabilidade que promova práticas de avaliação, mérito e onde a ética seja uma reflexão constante, a promover a Igualdade e a Inclusão como normais práticas na ciência e na investigação e o amplo debate sobre as questões mais complexas que se colocam às sociedades, abrindo o conhecimento à crítica, promovendo a Liberdade e a
Democracia.

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