A cidade de Luanda completa esta quarta-feira [25.01.2023] o seu 447º aniversário, efeméride assinalada este ano, entre outras actividades, com o lançamento, pelo Governo Provincial, do roteiro cultural turístico Luanda-Cacuaco, destinado a incentivar a prática do turismo local, e reforçar nos jovens a necessidade de conhecerem os activos turísticos da província.
Situada na costa Oeste de África, Luanda é a capital de Angola e foi fundada a 25 de Janeiro de 1576, pelo explorador português Paulo Dias de Novais, sob o nome de “São Paulo de Assunção de Loanda”.
Um ano depois da sua fundação, Paulo Dias de Novais lança a pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião, no lugar onde é hoje o Museu Central das Forças Armadas. Três décadas depois, com o aumento da população europeia e o consequente aumento de edificações, a vila passa à cidade.
Após a Independência de Angola, em 1975, o Município de Luanda foi extinto, dividindo-se o território da província, primeiro, em três municípios e, depois, em nove: Cazenga, Ingombota, Kilamba Kiaxi, Maianga, Rangel, Sambizanga, Samba, Viana e Cacuaco.
Com milhões de habitantes, a cidade de Luanda, cujo nome vem de Axiluandas, “os homens do mar” nativos da Ilha do Cabo, é o principal centro financeiro, comercial, económico e industrial de Angola. Os seus habitantes são, na sua maioria, membros dos grupos étnicos ambundos, congos e ovimbundos, existindo fracções relevantes de todas as origens étnicas angolanas. Existe igualmente uma população de origem europeia, constituída principalmente por Portugueses.
Luanda tem como cartões-de-visita a Baía de Luanda, a antiga Avenida Marginal ou Avenida 4 de Fevereiro, onde estão implantados imponentes obras da arquitectura, como o edifício do Banco Nacional de Angola, que ainda mantém o brasão de Portugal na fachada. Os edifícios históricos coloniais, como o Governo Provincial, os museus das Forças Armadas, Antropologia, da Moeda, História Natural e o da Escravatura, onde se podem ver instrumentos de coerção e imobilização usados contra os escravos são, entre outros, locais que se revelam autênticos cartões postais.
Depois de mais de quatro séculos de existência, Luanda continua, entre outros aspectos, a debater-se com construções anárquicas, actos de vandalismo de bens públicos e privados. Ainda assim, Luanda continua a ser amada por todos!