O Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) promete ajudar Angola na mobilização de 42 milhões de dólares para aceder aos mercados de carbono, no sentido da melhoria da qualidade ambiental, afirmou Gherda Barreto Cajina, no final de uma audiência concedida pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, esta terça-feira [28.11.2022].
Gherda Barreto Cajina, que explicou que o fundo visa, com envolvimento dos Ministérios do Ambiente e do Interior, introduzir no seio das populações das províncias do Sul e Leste do país as melhores práticas tradicionais na gestão de fogos, disse ter recebido garantias de que Angola procurará envolver outros países africanos, particularmente insulares, na promoção da economia azul e criar resiliência às alterações climáticas.
Angola, a par da segurança política, tem se posicionado nas questões climáticas, com iniciativas ambientais, incluindo na Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), que lidera, acrescentou, tendo considerado que a agenda de crescimento azul de Angola “foi mais dinâmica no corrente ano, dedicada à pesca e à apicultura, com várias acções nos domínios político, institucional e jurídico”. “Angola tem condições fortes e está preparada para aceder a fundos e consolidar uma visão de desenvolvimento e crescimento económico azul”, acrescentou a representante da FAO no país.
A FAO é a agência especializada do Sistema da ONU que trabalha no combate à fome e à pobreza por meio da melhoria da segurança alimentar e do desenvolvimento agrícola.
Criada em 1945, também actua como fórum de negociação para debater políticas e impulsionar iniciativas ligadas à erradicação da fome e da insegurança alimentar.
À margem da COP 27, ocorrida neste mês no Egipto, a Vice-Presidente manteve um encontro com a Directora-Geral-adjunta da FAO, Maria Helena Semedo.