A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, defendeu esta quinta-feira [25.05.2023] a capacitação, através de conhecimento e competências, que permitam à mulher usar a conectividade para o seu empoderamento económico e social.
Esperança da Costa, que falava durante o I Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia, que decorre sob o lema “A Inovação Tecnológica como Ferramenta para o Alcance da Segurança Alimentar e Combate à Seca no Continente Africano”, lembrou que, apesar de a inovação tecnológica ser um elemento-chave para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, a mulher tem 25% menos probabilidade de ter conhecimento nesta matéria, de acordo com dados da ONU Mulher.
Neste sentido, referiu, Angola prevê elevar até 2027 pelo menos 30% de mulheres no campo da investigação científica, sem esquecer, naturalmente, a inclusão financeira. Para tal, sublinhou, é necessário remover as barreiras estruturais e de base que dificultam o acesso de milhares de mulheres à ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
“Não é demais sublinhar que o presente fórum, alinhado com a agenda da União Africana 2063, e os objectivos de desenvolvimento sustentável 2030 das nações unidas, constitui a reafirmação dos compromissos com a paz e a democracia, exigindo, de forma incessante, esforços de todos os Estados, no plano constitucional, institucional e jurídico, sendo a sua defesa e manutenção uma condição sine qua non para o desenvolvimento económico e social, em especial, para inclusão das mulheres e meninas, hoje vítimas de violência pela sua condição, nos diferentes conflitos que ainda grassam pelo nosso continente”, afirmou.
A Vice-Presidente afirmou que a defesa da paz e a democracia constitui um desafio para todas as mulheres, em cada lugar e em todos os tempos, sem os quais não é possível promover os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, aos valores do desenvolvimento e à prosperidade.
Para Esperança da Costa, o papel da mulher deve ser destacado nos diferentes domínios, nomeadamente, na política, na economia, na ciência e inovação, mas também na música, na cultura e no desporto, merecendo especial atenção a mulher no meio rural, a luta contra a gravidez precoce, a promoção da escolarização e o combate à pobreza, conforme os compromissos internacionais assumidos pelos nossos Estados e governos.