O Mundo assinala hoje, quinta-feira [19.06.2025], o Dia Mundial de Consciencialização da Doença Falciforme, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008. Trata-se de uma doença genética, hereditária e caracterizada por alterações nas hemácias do sangue – os glóbulos vermelhos se tornam rígidos e assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. A enfermidade não tem cura e compromete as principais funções do organismo. Entre as complicações da doença está an anemia crônica, as crises dolorosas associadas ou não a infecções, retardado crescimento, infecções e infartos pulmonares, bem como acidente vascular cerebral, inflamações e úlceras. O diagnóstico é feito na Triagem Neonatal com o Teste do Pezinho e pelo exame de eletroforese de hemoglobina. Em Angola, a doença falciforme é um problema de saúde pública, com uma alta prevalência na população. Estima-se que cerca de três milhões de angolanos sejam afectados pela doença, e a taxa de mortalidade em crianças não tratadas pode chegar a 80% antes dos cinco anos de idade. Essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra.