A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, afirmou esta segunda-feira [17.11.2025], em Xangai, China, que os governos são chamados a promover mais políticas públicas inclusivas e sensíveis ao gênero, que garantam os direitos fundamentais das mulheres em todos os contextos, em alinhamento com a Agenda 2030 das Nações Unidas e a 2063 da União Africana.
Ao intervir na cerimónia de abertura do Fórum Feminino da Iniciativa Cinturão Rota, Esperança da Costa referiu que, neste quadro, a participação no Fórum de Mulheres da Faixa e Rota é parte de uma diplomacia activa, moderna, que integra a igualdade de gênero, ciência, tecnologia, acção climática, transformação dos sistemas alimentares, transição energética e verde como vectores de desenvolvimento e de paz.
Na sua intervenção, Esperança da Costa, reconheceu a persistência de desigualdades estruturais que limitam a contribuição do gênero na construção do desenvolvimento sustentável, e apontou limitações, apesar de reconhecer os ganhos da presença de mulheres a nível das instituições.
Esperança da Costa disse que apesar dos alertas, persistem as desigualdades e os níveis elevados de violência, de exploração, tráfico e descriminação enfrentados por mulheres e meninas, seja em contextos de conflito como de paz. Assim como contrangimentos persistentes como a desigualdade salarial, sub-representação nos centros de decisão, acesso às tecnologias, falta de acesso à terra, aos mercados e às finanças.
Para a Vice-Presidente da República, a educação é um factor crucial para o desenvolvimento sustentado, no seio da juventude e das mulheres. Assim como a aposta na ciência e inovação, que permite maior sucesso na organização de práticas agrícolas para a população rural e o domínio de competências e habilidades para melhor empreender.