Mais de 130 mil alunos em nove províncias beneficiam de bolsas de estudo no âmbito do PAT II
Até Maio de 2025, foram pagas bolsas de estudo a 131.046 beneficiários na primeira fase de expansão no Bengo, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Huíla, Icolo e Bengo, Luanda, Lunda Norte e Malanje, medida que contribuiu para a redução do abandono escolar, com ganhos directos no processo de ensino e aprendizagem.
Os dados foram apresentados na Primeira Reunião Ordinária da Comissão Multissectorial para a Implementação do Projecto de Empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos (PAT II), realizada esta quinta-feira [10.07.2025], na Cidade Alta, sob orientação da Vice-Presidente da República e Coordenadora da Comissão, Esperança da Costa.
Os membros da referida comissão tomaram conhecimento que foram formados 131 formadores provinciais, 21.237 formadores municipais, para além de 3022 directores e subdirectores de escolas a nível provincial e municipal num novo modelo de supervisão pedagógica. Já para o ano lectivo 2025/2026, está em preparação a logística para a formação de 27 mil professores e 4 mil directores de escola.
Sobre o balanço de actividades do PAT II, há a destacar a capacitação de mais de 55 mil alunos e alunas entre os 10 e 18 anos de idade com melhor acesso à informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva, assim como o cadastramento de 227.069 alunos aos clubes escolares, dentre os quais mais de metade, 118 109, raparigas.
Quanto aos efeitos dos clubes escolares, no domínio da educação para a saúde sexual e reprodutiva verificam-se mudanças positivas nas percepções sobre igualdade de género e prevenção de abusos, e até mesmo uma mudança cultural, que tem contribuído para questionar normas sociais prejudiciais e para promover atitudes de protecção mútua.
Ainda no que se refere aos ganhos do PAT II junto das comunidades educativas, destaca-se, no domínio da formação de professores, uma mudança positiva nas práticas pedagógicas: os professores passaram a envolver os alunos em autoavaliação e a reconhecer as suas realidades familiares.
Há ainda a destacar o processo de alfabetização de Jovens e Adultos, que tem promovido a autoestima e valorização pessoal, com implicações positivas na família, e o acesso à direitos básicos.